O Bárbaro Cimério Conan - Criado na literatura Pulp – Parte I
Atualizado: 19 de nov. de 2020
Para aproveitar o relançamento do primeiro volume de Rei Bárbaro pela Red Dragon, resolvi assumir o desafio de traçar o perfil dos bastidores de um dos personagens mais icônicos do século XX. Acompanhe esta viagem para as origens da Era Hiboreana, conheça um pouco mais sobre este personagem com mais de 80 anos de história, com vocês o gigante cimério, Conan.
Criado na literatura Pulp
Conan é uma criação de Robert E Roward, um texano nascido em 1906 que se embrenhou na difícil arte da escrita por meio das revistas Pulp da década de 1920 e 1930. Responsável pela criação de vários personagens de sucesso sua principal criatura foi o Cimério Conan o qual podemos encontrar mais de 20 contos publicados ao longo de sua curta vida e obras inacabadas ou publicadas posteriormente.

São contos de aventura que se passam em um tempo mítico entre a era de Atlântida e o período histórico que vivemos. Uma estratégia que o Howard utilizou para criar contos de magia, mas que ainda se passassem no nosso mundo. O sucesso foi tão estrondoso que temos a constituição de um novo subgênero literário conhecido por Espada e Feitiçaria que iria inspirar muitas obras no futuro.
É interessante que seus contos não respeitavam um desenvolvimento cronológico, as histórias eram lançadas, principalmente pela revista Weird Tales, sem obedecer a uma sequência lógica de acontecimentos. Não havia uma preocupação por parte do autor em apresentar uma longa história seriada, mas contar passagens da vida de um bárbaro nômade nessa época inóspita.

Esses contos do Robert Howard foram publicados e republicados diversas vezes, inclusive aqui no Brasil, mas só foram devidamente reunidos mais recentemente. Além dos livros lançados pela editora Conrad em dois volumes no ano de 2006 e pela editora Generale em 2012, a obra completa foi lançada em três volumes pela editora Pipoca e Nanquim entre 2017 e 2019.
Passada essa fase, Conan e outros personagens do Howard foram sendo revisitados por vários autores, principalmente em composições artísticas para as capas dos livros do personagem, em especial vale destacar o artista Frank Frazetta que, por muito tempo, definiu a representação visual do Conan.